Ele não é só um acessório de moda. Ele não é um simples lenço "xadrezinho". Ele não é apenas o hype de ocasião.
A tal peça é na verdade, o keffiyeh, ou shemag, o tal lenço palestino.
Quem o levou para a passarela foi Balenciaga, em sua antepenúltima coleção, o que quer dizer que não é mais "novidade". Mundo afora, homens e mulheres desfilam pelas ruas com seus lenços sobre camisetas, vestidos e até casacos.
Para muitos árabes, o fato de a moda banalizar os keffiyehs pode significar falta de respeito ou má sorte. Isso porque o lenço xadrez – que pode ser preto e branco, azul e branco ou vermelho e branco, basicamente – é um símbolo cultural e político.
Por tradição, é um adereço do homem árabe e, desde os anos 60, representa o nacionalismo palestino, especialmente depois de ter sido a marca registrada de seu ex-líder Yasser Arafat, falecido em 2004.
O lenço legítimo está com os dias contados. As várias tecelegens originais acabaram, e há apenas uma confeccionando o produto, na Cisjordânia. E, mesmo ela, vai mal. O negócio é comprar o de Balenciaga ou apelar para as cópias chinesas.
E aí, qual o grau desse bafo?
De 1 a 10: 8!
O porquê: Porque o mundo todo usa, fala bem ou mal, quer muito, ou detesta. Porque foi raptado do povo árabe e virou tumulto.
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