A Benetton tem algo a dizer

Veja galeria de fotos com a nova campanha

Cool hunting

Saiba mais sobre o meu curso de verão na Universidade Feevale

Mania de esmaltes vira clube de compras

Conheça a EsmalteriaClub

Mercado de luxo ou classe C

Em qual mercado vale mais a pena investir no Brasil?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

À moda carioca - parte II

Não há melhor destino brasileiro no Reveillon do que o Rio de Janeiro, e pra lá me mandei na véspera, com meu amigo Marcos, porém em voos diferentes. Uma recepção super querida nos esperava. E chuva também... Enquanto eu matava as saudades, Marcos atrasava o voo, chegando quase 23h! Só deu tempo de voar pra Copacabana, pra assistir os fogos, sem jantar, só beber! Nossa ceia foi no Bob's, às 4h! Podre de bêbados e molhados. Tudo aconteceu muito rápido naquele dia, mas os dias que se seguiram foram especiais e demoradinhos. Consegui aproveitar e pesquisar mais do comportamento carioca. Lembram da minha primeira viagem pra lá?
Um dos lugares mais queridos do Rio pra mim, já é Santa Teresa e suas ruas de pedra, o casario antigo, o bonde, as lojas de artesanato e brechós. Passamos um dia se aventurando por lá e quase subimos todo o Corcovado a pé! Na volta ganhamos uma carona! uahauahuahauhah...
Por onde se vai, há turistas estrangeiros. Eu fui confundido com alemão, americano e inglês o tempo todo. Aproveitei para tirar uma onda e exercitar meu English! Na imagem acima, tentei fazer uma foto de turistas franceses, na praia da Barra. Estilosíssimos, os meninos vestiam short da Vilebrequin - que são lindos - chapéus panamá e cangas com print do Brasil. Aliás, chapéus e cangas são básicos para todos os meninos, estrangeiros ou não.
Na mesma praia, assistimos uma sessão de fotos com duas modelos bem piriguetes. Não parecia ensaio de moda...
Nenhum outro lugar visitado dessa vez marcou tanto quanto o barracão da Mangueira, em plena favela. Fui com um grupo de meninas bem patricinhas, e nos misturamos a gringos, passistas, mauricinhos e comunidade. Mais heterogêneo impossível, e mesmo assim, todo mundo se diverte e se respeita da mesma forma.
In-crí-vel a sensação de sambar sob o som da bateria do teu lado! Nenhum de nós quis ficar no camarote. Aliás, tava vazio por lá. O quente é a pista. Ai, como quero voltar!!!
E como meu negócio é experimentar e dançar, o próximo destino foi o Centro de Tradições Nordestinas, na Feira de São Cristóvão. Lá o forró rola solto e não tem essa de ficar parado. Fique de frente pra pista, com os braços estendidos sob o corpo e você dará o sinal de que quer um par pra dançar. Nos divertimos horrores, tomando Itaipava! huahauahauha
Além dos shows de forró, tem muita comida típica (eu não me arrisco depois da trasheria estomacal que me acometeu na Bahia), artesanato e produtos que são a cara do Nordeste. As mantas de sofá que compramos aqui no Sul por quase R$100, são vendidas lá a R$10!
Em Ipanema, a Feira Hippie toma conta da Praça Gal. Osório nos domingos. Dá pra ficar doido com tantas opções bacanas. Negociei em inglês com um vendedor, e ele me enrolava horrores enquanto eu ria por dentro. Por fim, deixei ele se achando esperto e não contei que era brasileiro.
E tem até versão 2.55 da Chanel por lá! hauhauahauhauah... em todas as cores meu povo!
Mas bacanas e originais mesmo são os colares da Satya. As criadoras são tão orgulhosas do produto, que não deixam fotografar e não contam nem sob tortura como o produto é confeccionado. Por isso não tenho imagens, mas vale a entrada no site. As peças são feitas com fios coloridos encerados, mas não ficam desengonçadas. Ficam firmes e elegantérrimas. Pudera, o colar mais barato gira em torno de R$300!
Vestidos longos, que são mais a cara do próximo inverno do que desse verão, estão por toda parte. Pra quem faz a linha alternativa, é um prato cheio.
Mas não vá ou volte do Rio sem uma canga de Ipanema. Baratas (R$15 em média) e estilosas, elas fazem as vezes de toalha, esteira e até veste à beira mar.

De todo esse desafio Rio, uma saga me perseguiu: encontrar um coco gelado. Percorri milhas e milhas atrás da bebida que é a cara do Estado e só fui encontrar no terceiro dia, e pasmem onde: Leblon!

Uma outra bebida que foi surpresa e nos conquistou, foi o melzinho, uma cachaça com mel e canela, que faz o maior sucesso no Rosas, um complexo de bares e restaurantes atrás do Barra Shopping. Lá dançamos um pagode pegado com a Lidu, uma designer de calçados famosérrima na cidade e sua prima queridíssima. Pena que ainda não recebi as fotos com elas.

Fica aqui também meu carinho à Clô (apelidamos ela assim porque ela é a cara na Clotildes do Chaves), a dona do bar que ficamos. Apaixonadíssima e não correspondida, Clô nos abriu seu coração.

Que saudade do Rio, que saudade de tudo. Como é bom estar apaixonado, hein Clô?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Baphometro em SC

Depois dessa agitação de Fashion Rio e São Paulo Fashion Week e antes que o ano comece de vez (só depois do Carnaval, sempre, né?) tá valendo mais short trips como essa que vou fazer no finde, pra Santa Catarina. Vou pegar praia, festa e Beto Carrero. Tudo na companhia de amigos e amigas queridérrimos, o que enriquece ainda mais o passeio. Ainda estou na dívida de dividir com vocês o que rolou na virada e na semana seguinte no Rio, e já fui cobrado isso, que vergonha! Mas dessa vez, quando voltar, preparo uma série de posts com as novidades de RJ e SC e da nossa atual correspondente na Europa, a Queila.

No dia 1 de fevereiro começo trabalho novo, então a correria vai ser total, mas o BAPHOMETRO sempre foi e sempre será prioridade pra mim. Fico muito feliz de dividir esse espaço com gente cool e bacana como vocês. Aproveitem a vida e o verão meus queridos! Beijos ;)

Herchcovitch, o grande!

Já é lugar comum enaltecer Alexandre Herchcovitch, mas eu não me canso e sigo impressionado com seu trabalho incomum. Na coleção masculina apresentada no penúltimo dia de SPFW, o mago das caveiras trouxe de volta esse mundo do além que é a cara dele e que já estávamos morrendo de saudade. Aliás Alexandre, por que fechar a loja de Porto Alegre???
De muito diferente do que conhecemos de AH, apareceram outfits de passarela simples, prontinhos para ganharem a rua, como o terceiro look. Easy, não? Peças clichês, mas que impressionam sempre, como a saia kilt, acertaram em cheio na coleção. E outras novíssimas, como o maxi hoodie brilhante sobre megging encheu os meus olhos. E os seus?
Terninhos, bem cortadinhos, limpinhos, certinhos e tudo mais de perfeitinho? Sim! Em Herchcovitch! A alfaiataria ganhou atenção especial nessa coleção e merece destaque entre as marcas do gênero. AH aproveita para abocanhar mais clientes. Peças descoordenadas, como a calça de pregas acentuadas misturada com colete brilhante sobre camisa são um delicioso must have de inverno.
E olha as meggings aí gente!!! Se Alexandre propõe, já é uma instituição! Agora já sei qual vou usar.
As calças também estão perfeitas, como a primeira, com cheiro antigão, pregas e barra afunilada; ou toda pregueada e larga, como a segunda; ou ainda ajustada e com estampa argilê estilizado.
Camisas e blusas ready to pick and wear! Tem decote aprofundadíssimo com estampa incrível, camisa de flanela xadrez (quem nunca teve, tem ou quer ter uma?) e a IT SHIRT do inverno: camisa branca com sobreposição transparente preta. EU QUERO!
E agora vai ser difícil escolher um. Já foi super complicado elencar os mais bacanas, por isso trouxe todos para dividir com vocês. Prefere trench coat? Tem o melhor do SPFW! Prefere sobretudo? Tem o mais inventivo que você já viu! Quer um reconstruído? Veja quantos!
Alexandre é Alexandre, definitivamente! Só preciso descobrir onde encontrar...

Sem teto, mas com muito estilo na Amapô

A inspiração não é nada nova. Diversos designers já pesquisaram o universo dos mendigos para trabalhar em suas marcas. Mas a Amapô trouxe um frescor novo, que é a cara do inverno, na coleção mostrada ontem. A grife conseguiu usar a sobreposição, unindo de forma incrível a maneira como os sem teto colocam uma roupa sobre a outra, bem naïf, com a tendência da estação, bem 90's.
Ponto para a estampa xadrez trabalhada com pedras de acrílico coloridas sobrepostas magistralmente sobre o tecido. Ponto para as peças em camadas jeans unidas por zíperes - quem nunca viu uma vizinha com uma bolsa feita assim? pois veio parar na passarela! Ponto para as peças em veludo estampadas com imagens de jornal - a forma como os andarilhos se aquecem nos fazem pensar. Em ordem nas imagens acima.
Quanto mais volume, melhor. A Amapô não se importa se eles vem dos ombros, da cintura ou do quadril. O hype é parecer enrolado em grandes trapos. Mas finos trapos, diga-se de passagem. Clique na imagem e veja a estampa multicolorida do primeiro vestido, parecendo um tecido manchado. A grife alcançou ótimos resultados tanto na modelagem quanto na estamparia.
E pra não dizer que não falamos de tendências que se repetem, aparece o preto, exaustivamente. Na Amapô ele vem rejuvenecido pelo xadrez com os quadrinhos de acrílico e por listras (again). Vale prestar atenção na grife daqui pra frente. Tenho certeza que promete grandes - e boas - surpresas!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Elementar, minha cara 2ndfloor!

A 2nd Floor é uma dessas gratas surpresas da moda que aparecem vez ou outra, inesperadamente para ocupar um lugar de destaque nesse cenário tão concorrido. Eu sempre falei da minha admiração pela marca, que vem em um crescente desde seu lançamento. Não foi diferente na mais recente coleção, apresentada no desfile de ontem na SPFW. Embora tenha vindo com uma cartela de cores totalmente oposta da coleção verão, que era movida a tons aquarelados e jeans delavé, a coleção inverno parece ser uma continuação da anterior. Que bom!
As boas surpresas se fizeram dos novos materiais, como lã + moleton (clique na imagem para ver grande, nos looks 1 e 2) e no total jeans, como não poderia deixar de ser na marca filha da Ellus.
Xadrez já é um clássico de inverno e é recorrente nas marcas jovens. Os listrados voltam com força no inverno, se depender das intenções da 2nd Floor e da Redley. Motivos naturais, como as árvores estilizadas do vestido acima, também é uma proposta que se repetiu.
Preto é o novo preto, sim! Em vestidos e no excelente traje da segunda imagem. Aliás, esse e o da Cavalera dá uma disputa acirrada em qual é o the best.
Com a inspiração Sherlock Holmes, o resultado não poderia ser outro: casacos e mais casacos com a cara do detetive mais célebre do mundo. A partir disso surgiram parkas (oi anos 90!), jaquetas esportivas e 7/8. Veja logo abaixo os trench coats e mais.
E para as meninas, os casacos vieram sob a forma de pelerines (looks 2 e 3) e em blusa estruturada no ombro, que é o volume preferido da marca, indo de encontro aos desejos da estação, que são os volumes laterais.
Pra fechar, os trench coats e o que apareceu a partir deles: vestidos e casacos ajustados. Bela coleção com ótimas peças para bombar nas araras.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Muito conceito e pouca utilidade na Triton

No post anterior eu falava da saudade das grifes líderes dos anos 90, e ainda citei a Triton. Tenho uma admiração muito grande pela marca, mas também a vejo descaracterizada ao longo do tempo. Esse processo é super natural, óbvio, mas com isso muita coisa acaba se perdendo pelo caminho. No caso da Triton, foi o apelo comercial, apesar de ainda ser seu principal foco. Na coleção apresentada ontem, na SPFW, a total mistura de estilos, estampas, acabamentos e materiais confundiu a cabeça até dos fashionistas mais entendidos. Chamar Lovefoxxx pra criar estampas não me diz nada... especialmente quando o resultado são teias de aranha e cogumelos...
A coleção teve a cara dos anos 90 (again) ainda mais na linha masculina. Apareceram calças largas, camisões, parkas e monocromia de preto.
Para as meninas, volumes no pescoço, no quadril e na cintura. Quem tem corpo para encarar?
Parecia Amapô, Alexandre Herchcovitch ou Neon. Mas era Triton. Alguém entendeu tanta estampa junta?
O termo é a cara dos já longínquos anos 90. Uma coisa por cima da outra parece algo meio vago, e foi essa a impressão que ficou na grife. Não existiu conceito ou finalidade para essa profusão de peças empilhadas.
Pra não dizerem que sou um chato e reclamão, fico com os looks vestidos + meias-calça. Foram certeiros na modelagem dos vestidos e nas estampas das meias. Sem comentários para os mocassins plataforma. - Oi?!
Saia de tule, franjas e laços lady like. Alguma novidade? A impressão que fica é que Karen Fuke viajou na inspiração Harajuko girls, boys 90's, trompe l'oeil, techno style, utilitarismo, camadas, megamix, love, twinpeaks, cogumelos, teias, yeah (não acredita? veja o release no site) e o resultado foi essa confusão toda...

De volta aos anos 90 com a Ellus

A Ellus era minha marca preferida quando adolescente. Eu adorava aquele shape seco, de calças retas, camisas brancas, camisetas certinhas e muito preto e cinza, que são a cara da década de 90. O tempo passou, eu fui ficando menos careta e a Ellus cada vez mais meu oposto. Pois muita coisa mudou e a grife parece querer voltar às origens na coleção desfilada ontem na SPFW. É claro que os 90's são os anos da vez na moda, mas nenhuma outra grife apresentou uma cara tão blasé pós yuppie e neo grunge quanto a Ellus.
A década da escuridão é feita de muito preto, formas retas e amplas. Eu usei muuuuuuuito essa história do hoodie por baixo do casaco, como no look 2. Também temos a parka e a camiseta por dentro da calça, marcada por cinto (look 2) e o vestido tubinho de mangas compridas (look 3).
Preto, preto e mais preto! Pra quebrar um pouco dessa monotonia monocromática, pinceladas de cores primárias: azul, vermelho e amarelo.
Estes parecem reedições dos vestidos da grife da década passada. Os modelos faziam muito sucesso numa época em que a concorrência era bem menor e que Nelson Alvarenga reinava absoluto. Saudades da época da hegemonia fashion de Forum, Triton, Zoomp, Zapping e Ellus. Alguém lembra comigo? Se é pra celebrar os 90's, comecemos já!
Mas a grife apresenta também uma grande novidade: o jeans trabalhado com couro, que resulta nesse material de aspecto duro, mas que é pra ser super confortável. Tecnologias impensadas na década passada...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Por que Alexandre Herchcovitch é o melhor?

Eu conheço gente que não conhece Alexandre Herchcovitch. Inclusive já discuti por causa dele. Talvez o estilista nunca saiba disso, mas eu fico feliz por defender seu excelente trabalho e ser um apreciador da obra desse artista. Isso porque Alexandre ocupa o lugar mais privilegiado da moda e da arte brasileira, e mundial. Alexandre é mestre em qualquer criação que empreste seu nome, desde uma impecável peça de roupa até a estampa de um isqueiro. Mas o que faz de Herchcovitch esse enfant terrible da moda que a imprensa especializada rende odes a todo instante?
Seria porque o estilista atualmente desenha para três coleções, duas que levam seu nome, uma feminina e outra masculina, e outra, que é a maior marca de moda praia mundial?
Seria porque Alexandre consegue inovar a cada criação, incorporando novos materiais e modelagens?
Seria porque Herchcovitch ao mesmo tempo que traz o novo, consegue manter uma linha e dar continuidade concreta e eficaz de seu trabalho?
As possibilidades de resposta são muitas, e tenho certeza que Alexandre não tá nem aí pra isso. O que lhe interessa é encher nossos olhos de beleza e de toda essa inquietação. Na coleção inverno, com inspiração russa, apareceram como sempre seus xadrezes, crashes de estampas e volumes deslocados. Mas também apareceram pedras, brilhos, transparências e peças certinhas como casacos e vestidinhos comportados que ele nunca mostrou. Pura surpresa.
Em Alexandre, preste atenção nos detalhes. Neles moram a sua marca registrada. Aqui, os vestidos, meias e coturnos tem a pegada da estação, mas note a personalidade das padronagens e minuciosidade dos acabamentos.
As saias de Herchcovitch se ampliaram, como em todos os estilistas que já apresentaram seus desfiles da estação. Mas dificilmente em outra coleção se vê esse mix de proporções, cores e estampas.