De 8 a 15 de setembro rola a semana de moda de Nova York, apresentando coleções de criadores locais, como a super novaiorquina DKNY, até brasileiríssimos como Amir Slama da Rosa Chá.
Impossível falar de tendências quando o que se vê é uma multiplicidade de propostas em cortes, tecidos, padrões e acabamentos. Chega a era da total democracia da moda. Mesmo assim, o que mais se viu até agora foram vestidos, que continuam sendo as vedetes da temporada, sem excluir macacões, casacos curtos e calças, tanto justas quanto soltas, e de cintura alta.
Nesse primeiro olhar pra semana de NY, vamos ver como os brasileiros estão se saindo lá fora. Carlos Miele, da M.Officer, tá por cima. Nesse ano, 20 lojas da grife devem ser inauguradas, incluindo uma na famosíssima Saint Honoré, em Paris. Além disso, a campanha de sua primeira linha - Carlos Miele - foi fotografada pelo diretor de moda da revista Vanity Fair, Michael Roberts.
A inspiração da coleção apresentada em NY foi essencialmente o Brasil. O estilista tem uma casa de praia em Floripa, e conta ter buscado inspiraçã0 no clima do lugar. Pedras brasileiras estavam presentes em colares, brincos e anéis. Cores brilhantes e diversificadas, entre verde e azul, em aquarela, vermelho, laranja, preto, cru e branco, com estampa floral e animal. Chiffon e tecidos plissados, tantos nos vestidos quanto nas blusas. A coleção privilegiou vestidos de festa, entre longos e curtos, com alças ou tomara-que-caia. Seu Jorge embalou o vai-vém das modelos. Veja:
Alexandre Herchcovitch apresentou a mesma coleção que vimos por aqui na SPFW. A inspiração foram os conflitos políticos entre países, e o que se viu foram referências militares - a parte hard da missão - junto com o romantismo, expresso por tecidos leves e estampas de flores. O tema da coleção diz tudo: "Exército do Amor". Olha só:
Para a Rosa Chá e a Cia. Marítima, a glória de representar o país dos biquinis. Mas os gringos sabem que vamos muuuuuito além disso. A Rosa Chá imprimiu em suas peças obras do artista plástico Gonçalo Ivo, em cores que priorizaram o vermelho, branco e tons de verde. Com referências claras dos anos 70, a grife mostrou calcinhas largas e finas, sempre comportadas, nos biquínis, alças e engana-mamãe nos maiôs. A sofisticação apareceu em algumas peças, como no tomara-que-caia branco, com argolas de madeira, além de brilhos nas faixas de strass, utilizadas como alças e também delineando a cintura alta.
Narciso Rodriguez e Iódice também foram marcas brasileiras a apresentar sua coleção em Nova York, porém o site da Vogue Internacional - de onde fiz essa pesquisa- nem sequer cita as grifes.
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